domingo, 9 de dezembro de 2012

She's lost control

          Aquela continua confusão aparece para lembrar tudo está perdido, ou quase tudo, ou talvez nada, mas quem se importa, só se sabe que ela agora recebe o que tanto esperava, ela perdeu o controle. Não que ela já tivesse o controle alguma vez em sua curta vida, depois de um determinado ano em seu passado, ela esperava por este momento. E finalmente perdeu o controle.
          Tentava se agarrar à primeira chance que tinha para se livrar daquela situação. Dizia, "já sei qual o meu problema e também já sei como solucionar",  mas não adiantava, ela havia perdido o controle de vez. Continuava lutando contra o que era inevitável e todos sabiam, ela tinha perdido o controle.
          Ela abria o coração para quem aparentasse estar interessado, contava seus segredos, sua história, tentava parecer legal, engraçada, alguém que realmente parecesse valer a pena. Com o tempo as máscaras caíram, ela mostrou ser quem realmente era, e então, perdeu o controle.
          Ela não era uma pobre coitada, mas era iludida, iludida por algo que começara a mais de quatro anos, algo que era pesado demais, chamado vida. Ela sabia o que tinha que fazer, já haviam dito para ela o que ela devia fazer, mas era insegura, e então mesmo sabendo disso a algum tempo, só agora disse, "Eu perdi o controle".
          As coisas não encaixavam, e por mais que as suas mãos estivessem seguras e sendo seguradas, sentia um medo, um medo que não devia mais ter, mas que por tudo o que já tinha acontecido ainda temia, por cada detalhe tinha ainda medo, e ainda mais medo de perder o controle, mas mesmo assim, ele perdeu o controle. Não entendia mais nada, esperneava, dava socos na parede, mas nada adiantava, nada aliviava a dor de ter perdido o controle.
          Não havia mais ninguém que pudesse ajudar seu caso, e mesmo sabendo onde havia errado, não sabia nem por onde começar a acertar, não conseguia ver saída, pois tinha perdido o controle. Não via solução e mesmo a morte não lhe parecia uma saída, uma vez que além de suicídio não podia escolher quando seria sua morte.
          Podia viver melhor se não se preocupasse tanto com coisas tão peculiares, se deixasse de lado as pequenas tristezas a qual a vida a submetera, viveria melhor se ela fosse iludida de um modo diferente... Mas chegou um ponto de sua tristeza que por mais que tivesse causas e efeitos, não podia voltar atrás, não podia corrigir, não podia desiludir, não podia melhorar nada, não tinha cabeça para nada. Ela tinha perdido o controle.