sábado, 22 de junho de 2013

O poema que não deu certo.

Eu estava afim de fazer um poema
aqueles que a gente pensa na hora
aqueles que vem sem demora
sem pensar em rimas, sem esquema.

Pensei em algo improvisado, mas só o vácuo veio
até ser preenchido com um pouco daquele liquido preto
vazio de doce e forte em cheio
trouxe a ideia e, na minha mente, discreto
o texto pedia atenção.

Decidi ouví-lo, o pequeno recém nascido
que mal parido, já queria tudo falar.
Queria me orientar a buscar em mim mesmo,
e perdendo todo o medo, min'alma bisbilhotar.

Esqueceu-se porém, que tudo o que escrevo
vai além de meros pensamentos que vem de repente
nada ruim, nada sem ordem
afinal as palavras mal-ditas mordem,
mas as palavras certas dão relevo à mente
e atingem o homem para o seu bem.

Não adiantaria olhar para o fundo de mim
se assim não fosse achar nada,
palavras bonitas não são amadas
quando tem sentido ruim.




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