Sei bem que não nasceste hoje, assim como também sei que não estás de aniversário hoje. Não estás fazendo 2013 anos e que a muito tempo atrás, um certo imperador romano fez um calendário bem errado. Bem, ainda que não nesta data, nasceste, deixaste de ser pai pra ser filho, deixaste de ser verbo pra ser carne.
Tu, que no início estavas lá, deixaste teu posto para assumir uma vida que certamente ia te trazer problemas, mas tudo isso para que viesses conhecer àqueles que tanto amavas, aqueles que criaste com todos os detalhes. Mas ainda que tenhas vindo para conhecer, não foste conhecido, não reconheceram teu rosto pela falta do brilho, pela falta dos bens que fazias a eles. Deixaste de ser belo, e deixaste as pessoas te desprezarem. Querias que te amassem simplesmente por Tu seres quem és, mas não foi o que aconteceu.
Ao invés de te amarem, disseram que tu não eras quem és, foi ferido e ainda quando ferido, não foi reconhecido. Zombavam de ti pois precisavas fazer o que foi feito para que eles tivessem o que tem hoje, diziam que tu deverias chamar teus anjos pra te salvarem, mas tu não deverias obedecer a eles, e não obedeceste. Ao contrário disso, deixaste o orgulho e foste exemplo do que dizias quando deste a outra face, mas de forma alguma deixarias aqueles que amavas sem o que vieste entregar. Cumpriste a tua parte no combinado até o fim, mesmo sabendo que as pessoas não fariam o mesmo.
Por amor aos que viviam em carne, choraste na hora da morte dos mesmos, e ainda por amor, não te importaste em receber o maior presente grego da História. Ainda que sofrendo, resolveste tomar o teu cálice, para que dentro do teu corpo fosse formado um antídoto para o maior veneno que existe. E na hora de tua morte, esse veneno, liberado, curou aqueles que estavam doentes, todos.
Tudo isso para que hoje todos os que foram curados pudessem comemorar o que comemoram, ainda que falsamente, ainda que hipocritamente, ainda que desconhecendo a verdade. Comemorar não o aniversário, mas simplesmente o fato de teres vindo a nós para que não mais o veneno nos matasse, mas que a cura para o veneno fosse a liberdade e para que o principal para que obtenhamos a cura seja a nossa proximidade contigo.
Não importa mais o resto, quero estar mais próximo de ti e receber a minha cura.
Não importa mais o resto, quero estar mais próximo de ti e receber a minha cura.
Att.
Eu.
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