domingo, 10 de fevereiro de 2013

Laços e nós

O que teve um começo e não terá um fim, laços, fazem nós, se embaraçam, mas são laços, que nós não desfazemos. Ainda que a distância nos obrigue a puxar um pouquinho as pontas, laços não se desfazem. Pode chamar de cego esse nós que acabou existindo, já que não deixa de ser um nó mesmo quando se faz força para se desfazer. 
Laços são coisas que não podem ser simplesmente esquecidos, vemos eles todo o dia, pela manhã quando acordamos e nos levantamos, então botamos os sapatos, e ali veremos laços, ainda que nossos pés estejam longe de nossas cabeças, os nós que ali estão deixam claro o elo que existe entre dois fios que não se encaixam, dois cordões que por muito não concordaram. É importante dizer que isso não é simplesmente sobre esses dois cordões que se juntaram, mas sim sobre todas as linhas que ligaram os dois, as linhas que ajudaram esses cordões a se alinharem e concordarem, é sobre tudo. Sobre o início, e sobre não haver um fim, é sobre esperar pela noite para então deixar os nós de lado e descansar, mas apenas por um momento, já que os laços não deixarão de existir.
Este, está sendo escrito pra que a linha que costurou corações, não deixe marcas de pontos quando for puxada, quando for levada por um rio, um rio de um mês, que não é grande, mas é maior que aqui. Que o tamanho do rio não desate o que aqui foi unido, todos os laços, todos os nós, amizades, namoros, que essa corda, chamada saudade aperte o coração, mas só o suficiente pra saber que os elos não deixaram de existir, e mais uma vez, que não deixem de existir os nós e laços que aqui foram criados.

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